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Duas ou três sobre O VELHO CHICO

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Não fica velho o que deve ser eterno: Duas ou três sobre O Velho Chico Por  MARCIO SCHIAVO, Diretor-presidente da COMUNICARTE “Não podemos nos banhar duas vezes no mesmo rio, porque as suas águas se renovam a cada instante." Já se vão 2.500 anos desta afirmação de Heráclito (535 – 475 A.C.). E os rios continuam se renovando desde sempre. O que Heráclito não anteviu foi que, no antropoceno, os rios podem deixar de se renovar pela ação humana e até mesmo deixar de existir. Foi o que mostrou Velho Chico, telenovela de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi. Embora o gênero às vezes pareça esgotado, Velho Chico confirma uma vez mais que é possível inovar. E renovar. Pela primeira vez, o protagonista de uma telenovela não é um ator ou uma atriz: é um Rio. Não um Rio qualquer, mas o Rio São Francisco , que, como aprendemos na escola, “é o maior Rio genuinamente brasileiro”. Do primeiro ao último capítulo, O Velho Chico representou seu papel, sem nece