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Mostrando postagens de 2011

Convenção do Clima: as dificuldades de consenso

A Convenção do Clima, realizada em Durban, na África do Sul, não conduziu a um grande acordo entre os países participantes para diminuir as emissões que provocam o efeito-estufa. Os EUA não ratificaram nem sequer o Tratado de Kyoto, anterior. China e Índia, em nome do desenvolvimento de suas economias, não querem ouvir falar em diminuição de emissões. O Canadá, por sua vez, anunciou sua deserção do grupo de países que tentam equacionar as mudanças climáticas. O Brasil até que fez bonito, revelando-se disposto à criação de metas de redução de gases obrigatórias para todas as nações do mundo, a partir de 2020. Uma das maiores dificuldades para levar o debate a resultados mais efetivos é a variedade de enfoques estatísticos da questão. Isso porque o problema do aquecimento global não se deve apenas à queima de combustíveis fósseis. Outros gases contribuem para o efeito estufa. Nessa perspectiva, o Brasil, por exemplo, quando se leva em conta as emissões de gases provenientes do desmata

Alô, cidades insustentáveis!

A preocupação com a sustentabilidade ultrapassa o universo das empresas e começa a entrar na agenda das prefeituras brasileiras. Um dos motivos é a criação do Programa Cidades Sustentáveis, que criou mais de 300 indicadores para auxiliar os prefeitos a avaliar a qualidade de vida nos municípios que administram, estimulando assim a criação de políticas públicas mais sérias nesse setor. O programa foi criado por uma parceria entre a Rede Nossa São Paulo, a Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis e o Instituto Ethos, com apoio da Fundação Avina e do Instituto Arapiaú. Muitas outras importantes instituições são parceiras do Programa, como o GIFE, o Instituto Akatu, o DIEESE, o Greenpeace e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A edição do Guia Exame 2011 de Sustentabilidade, que chegou às bancas de jornal em novembro passado, traz uma preocupante avaliação de quatro das maiores metrópoles do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife. E

Um pneu sem ar e totalmente reciclável

A empresa japonesa Bridgestone, que é a maior fabricante de pneus do mundo, acaba de lançar uma inovação ecologicamente bem-vinda: a tecnologia air free concept. Trata-se de um novo tipo de pneu, que substitui o enchimento de ar por uma estrutura de resina termoplástica reutilizável, material que, segundo a empresa, pode ser facilmente reciclado. O pneu de resina foi lançado durante a Tokyo Motor Show 2011. Na ocasião, Hiroshi Morinaga, gerente do Departamento de Desenvolvimento Tecnológico Avançado de Pneus da Bridgestone, afirmou: “Como não há ar nestas rodas, não há preocupação com furos. Como também não há necessidade de verificar a pressão, elas são de fácil manutenção”. A ideia da empresa é começar fabricando pneus para pequenos veículos, até que o público aprove o novo conceito, quando começará, então, a fabricação de pneus para carros comuns. A empresa não está explorando a dimensão propriamente ecológica do seu novo produto, mas o fato é que os pneus tradicionais de borra

Altos e baixos do Pacto Global

No mês de novembro passado, 228 empresas de diversos países aderiram ao Pacto Global. O Pacto é uma iniciativa desenvolvida pelo antigo secretário-geral da ONU, Kofi Anan, com o objetivo de estimular a comunidade empresarial, em todo o mundo, para a adoção de valores fundamentais em suas práticas de negócios, nas áreas dos direitos humanos, relações de trabalho, proteção do meio ambiente e combate à corrupção. Os valores são refletidos em dez princípios, que as empresas se comprometem a seguir. A iniciativa conta com a participação de agências da ONU, empresas, sindicatos, organizações não-governamentais e outros parceiros, todos trabalhando em sinergia para a construção de um mercado global mais inclusivo e igualitário. De acordo com a Rede Brasileira do Pacto Global, hoje já são mais de 5.200 organizações signatárias, articuladas por 150 redes ao redor do mundo. Outra notícia positiva: no mesmo mês de novembro, mais 53 organizações sem fins lucrativos aderiram ao Pacto. Mas também
Bota a mãe no meio Uma pesquisa do professor Marcelo Néri (do Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro), feita com 650 mil alunos da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, comprova que o nível educacional das mães é a principal variável no processo de aferição do desempenho escolar. Quanto maior o nível educacional das mães, melhor é o desempenho escolar dos filhos. Os filhos de mães com diploma de nível superior apresentam desempenho 123% maior que os demais. Um resultado semelhante foi constatado em pesquisas sobre fecundidade. Mães com mais educação têm menos filhos. E mães bem educadas concebem seus filhos intencionalmente, não por obra do acaso. Assim se constata, mais uma vez, que educar, principalmente as mulheres, é o principal fator impulsionador de mudanças sociais. Curiosidades na Sustentabilidade Acaba de ser publicado o Guia Exame de Sustentabilidade 2011. Das 21 empresas consideradas modelo

Carros mais populares não têm segurança

Em plena era do desenvolvimento sustentável, um setor importante da indústria ainda não coloca a vida humana em primeiro lugar, antes do objetivo de lucrar. A última rodada de testes em carros novos, feita pela Latin NCAP, revelou que os modelos de carros mais populares vendidos no Brasil não são seguros – e apresentam elevados riscos de lesões fatais para motoristas e seus acompanhantes no banco da frente, no caso de batidas de frente dos veículos. A Latin NCAP é uma iniciativa conjunta da Federação Internacional do Automóvel (FIA), a Fundação FIA, a Global New Car Assessment Programme (GNCAP), a Fundação Gonzalo Rodríguez, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a International Consumer Research & Testing (ICRT) e consiste em um programa de avaliação da segurança para carros recém-lançados no mercado. A sede da Latin NCAP fica em Montevidéu, no prédio da Fundação Gonzalo Rodriguez e a instituição tem os seguintes objetivos: - Oferecer aos consumidores da América Latina e

ONGs sérias precisam tomar uma atitude

As denúncias envolvendo desvios de dinheiro do Governo federal por meio de organizações não-governamentais provocaram a queda do ministro do Esporte, Orlando Silva – e lançaram uma pesada nuvem de suspeita sobre as ações desse tipo de entidades. A presidente Dilma Roussef mandou congelar o fluxo de verbas federais para convênios realizados com ONGs por 30 dias, até que venha à luz a relação das entidades que estão trabalhando corretamente, sem subtrair recursos para fins partidários ou privados. O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, declarou dar preferência a convênios com prefeituras, que ele considera entes que permitem uma melhor fiscalização. Um pouco antes, o antigo ministro do Turismo, Pedro Novais, perdeu seu cargo por causa de denúncias semelhantes: drenagem de recursos federais através de organizações não-governamentais. Os dois fatos abalaram profundamente a vida dessas entidades, principalmente daquelas que são sérias e trabalham honestamente dentro do Terceiro Setor

Embrapa ajuda a diminuir a fome no Brasil e no mundo

Nesta última reunião do G-20, realizada em Cannes, na França, o milionário Bill Gates declarou em alto e bom som que o fim da fome na África passará, obrigatoriamente, pelo trabalho da nossa Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Gates sabe do que está falando, porque no dia 17 de fevereiro de 2009, em Nova York, ele participou da criação de um consórcio mundial de instituições de pesquisa e universidades que estão identificando as propriedades do solo em, literalmente, todos os continentes do planeta. A Embrapa participa do consórcio, na condição de líder na América Latina. Eis alguns dos itens que estão sendo mapeados: o risco de erosão, o nível de estoque de carbono orgânico (que combate o efeito estufa) e a disponibilidade de nutrientes presentes em cada região, para mencionar apenas alguns. As primeiras regiões beneficiadas foram a África e Ásia, porque nelas o problema da fome é mais sério. A primeira etapa do projeto de pesquisa tem duração prevista de cinco

Rio de Janeiro dá exemplo de reciclagem de óleo

Se for lançado na pia, depois de usado, o óleo de cozinha é um produto altamente nocivo para a natureza. Cada litro derramado, além de danificar a instalação hidráulica por entupimento, é quantidade suficiente para poluir até um milhão de litros de água. E, se for jogado diretamente na natureza, o óleo utilizado em frituras pelas donas de casa pode provocar a morte de peixes porque provoca falta de oxigênio ou desequilibrar seriamente alguns ecossistemas. Além disso, o custo para descontaminar a água poluída pelo óleo de cozinha é bem alto: cerca de 20% do tratamento do esgoto. Com base nesses fatos, têm crescido no Brasil e no mundo o número de procedimentos de reciclagem do óleo de cozinha e, recentemente, o Rio de Janeiro começa a dar exemplo para o restante do país. O mercado de reciclagem de óleo de cozinha já envolve no território fluminense toda uma cadeia produtiva, que abrange cooperativas de catadores, condomínios residenciais, hotéis, restaurantes e bares. Só este ano serã

Rio+20 será adiada

Quando estava participando da reunião do G20 em Cannes, na França, na última-sexta-feira, a presidenta Dilma Roussef anunciou que a Conferência Rio+20 vai ser adiada de 4 para 20 de junho do ano que vem. A mudança na data deve-se, de acordo com a presidenta, a dois motivos: a celebração dos 60 anos de coroação da Rainha Elizabeth da Inglaterra, e a proximidade de outro encontro do G20. Dilma informou que a ONU está de acordo com o adiamento e realçou que a Rio+20 precisará ter mais sucesso que a última edição da Conferência de Mudanças Climáticas promovida em dezembro de 2009 em Copenhague, na Dinamarca, que fracassou porque os países participantes não chegaram a fazer acordos relevantes. Além disso, a presidenta sublinhou que a Rio+20 não será apenas palco de debates sobre questões ambientais, mas tratará também de “economia verde, erradicação da pobreza e governança internacional para o desenvolvimento sustentável”. A posição de Dilma é a de cobrar ações mais concretas das nações

Planeta Terra: lotação esgotada!

Hoje, dia 31 de outubro de 2011, o nosso planeta atingiu a marca de 7 bilhões de habitantes. Os cálculos são da Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA) da ONU. A previsão mais otimista indica que chegaremos a 10,1 bilhões de pessoas por volta de 2081. A situação é preocupante e todos estão apreensivos - no Twitter , o trend topic mais comentado do dia foi #7bilhoesdePessoasnoMundo -, mas os líderes mundiais continuam fazendo vista grossa para a questão: o meio ambiente continua sendo impactado pelas ações de crescimento econômico, o número de pessoas com fome aumenta, assim como a quantidade de pessoas socialmente excluídas. Há um grave desequilíbrio planetário, mas a política de avestruz continua: todos escondem a cabeça e poucas atitudes concretas são tomadas para enfrentar o problema. John Bongaarts, demógrafo do grupo de pesquisa Population Council, declarou ao jornal The New York Times que cada bilhão a mais de pessoas faz a vida mais difíc

Cidades: o novo cenário da sustentabilidade

Em todo o mundo, as grandes cidades podem ser o local privilegiado do processo de transformação para um novo modelo de economia, capaz de promover simultaneamente o desenvolvimento econômico, social e ambientalmente sustentável. Essa foi uma das conclusões otimistas da plenária Planejando Cidades Sustentáveis, que aconteceu durante a oitava edição do Encontro Íbero-Americano sobre Desenvolvimento Sustentável (EIMA 8), realizado recentemente em São Paulo, de 17 a 20 de outubro. Organizado pela Fundação Conama da Espanha e pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, o encontro mobilizou palestrantes de diversos setores da sociedade: poder público, sociedade civil organizada, pensadores acadêmicos e representantes de empresas privadas. Todos apontaram os centros urbanos como os cenários a serem trabalhados dentro do processo de transformação da economia para um modelo mais sustentável. Veja-se, por exemplo, a opinião de Ladislau Dowbor, professor titular da PUC-SP: “As cidades devem se

2050: visões do futuro

O 4.º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável, realizado no Pier Mauá do Rio de Janeiro, de 27 a 29 de setembro passado, trouxe à luz importantes constatações sobre questões ligadas à sobrevivência da humanidade no futuro. O próprio tema central do encontro, considerado uma prévia do Rio +20, foi “Visão 2050: agenda para uma nova sociedade”. Uma primeira advertência séria foi dada por Antônio Guimarães, CEO da Syngenta, empresa que é uma das líderes mundiais na área de agronegócios, bastante comprometida com a agricultura sustentável através de inovação em pesquisa e tecnologia. De acordo com Guimarães, existe o risco da escassez agrícola no futuro, a ser causada pelo crescimento demográfico. O aumento da população poderá fazer com que o crescimento agrícola não suporte a pressão da demanda, acarretando uma elevação do preço dos alimentos. Guimarães acredita que a indústria deverá fazer investimentos para desenvolver produtos dentro dessa nova realidade, pois, com o

Atualidades do Global Compact

Desde que foi lançado pela Organização das Nações Unidas, há 11 anos, o movimento internacional Global Compact se tornou a vanguarda dos esforços da ONU para fazer da iniciativa privada uma agente evolutiva do desenvolvimento sustentável. A iniciativa tornou-se, efetivamente, planetária: dela participam mais de 6.000 empresas em mais de 135 países. E essas empresas são de grande e de pequeno porte, atuam tanto nos países desenvolvidos como nas nações em desenvolvimento e englobam todos os setores de atividades, da indústria à prestação de serviços. A proximidade da Conferência Rio+20 (que será realizada de 4 a 6 de junho do ano que vem) é mais uma circunstância que fortalece a participação do setor privado na construção de uma economia global verdadeiramente sustentável, na qual o crescimento da rentabilidade seja também sinônimo de preservação dos recursos naturais e da construção de sociedades mais inclusivas e mais justas. Exemplos de boas posturas empresariais não faltam. O Rel

Vem aí a Rio+20

Vinte anos depois da realização da ECO92, o Rio de Janeiro vai sediar em 2012 um novo encontro de lideranças mundiais para debater, sob a chancela da Organização das Nações Unidas, o Desenvolvimento Sustentável. O evento ganhou o nome de Rio +20 e será realizado de 4 a 6 de junho. Do ponto de vista da ONU, o grande objetivo do encontro internacional será garantir, mais uma vez, o compromisso político dos governos com a sustentabilidade. Uma brochura oficial sobre o encontro realça: “Rio +20 é uma chance de superar as práticas usuais de negócios e agir para acabar com a pobreza, resolver o problema de destruição ambiental e construir uma ponte para o futuro”. Para o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, a Rio +20 será “um dos mais importantes encontros globais do nosso tempo sobre desenvolvimento sustentável”. Acrescenta ele: “No Rio, nossa visão deve ser clara: uma economia verde sustentável que proteja a saúde do meio ambiente ao mesmo tempo em que dá suporte à conquist

A globalização da solidariedade

Os países envolvidos com os oito Objetivos do Milênio (ODM) têm apenas cinco anos (até 2015) para alcançar as metas com as quais se comprometeram coletiva e solenemente, em 2000, na Organização das Nações Unidas. O Brasil é signatário desse compromisso. Há um ano (21 de setembro de 2010), peritos internacionais se reuniram na sede da ONU, em Nova Iorque, em uma sessão presidida pelo ministro das Relações exteriores da França, Bernard Kouchner, e emitiram uma declaração na qual foi relatado o muito que ainda falta para ser feito nesse campo. O governo brasileiro foi representado pela embaixadora Vera Machado e a declaração descreveu o seguinte quadro: Progresso significativo foi realizado na última década em vários ODM, superando o que foi realizado ao longo dos últimos 40 anos. No entanto, ainda há muito a ser feito: quase um quarto da população mundial vive abaixo da linha da pobreza; 1 bilhão de pessoas não tem acesso à água potável e 2,6 bilhões de pessoas não possuem acesso às in

Rock in Rio: um evento sustentável

Um dos maiores eventos musicais do mundo – o Rock in Rio – teve problemas de segurança, de organização e de transporte, mas não pecou no quesito sustentabilidade. A edição 2011 do festival vai receber mais de 150 artistas nacionais e internacionais, que se apresentarão para mais de 700 mil pessoas. O porte grandioso do evento levou os organizadores, desde o começo, a pensar nas questões de sustentabilidade. Foi assim que nasceu o Plano de Sustentabilidade Rock in Rio 2011, que prevê uma série de ações para reduzir os impactos ambientais do megafestival de música e, ainda, trazer benefícios sociais para a comunidade do Rio de Janeiro. Essas iniciativas renderam ao evento o Selo 100R de certificação sustentável, que é concedido pela instituição portuguesa Sociedade Ponto Verde. Destinação correta dos resíduos Um total de 520 lixeiras para resíduos recicláveis e não-recicláveis foram espalhadas pela Cidade do Rock, para serem continuamente esvaziadas pela Comlurb – Companhia Municipal de

Dia mundial sem carro

Tudo começou na Europa, nos últimos anos do Século XX. Em algumas das grandes cidades européias, as pessoas tomaram consciência dos malefícios causados pelo uso excessivo de automóveis: poluição do ar, do solo e das águas, engarrafamentos, atropelamentos, acidentes de trânsito... Ao perceberem que o uso massivo dos automóveis compromete o futuro das cidades, centenas de pessoas começaram a usar meios de transporte mais sustentáveis – com destaque para as bicicletas. O resultado foi a criação de um movimento, que se espalha devagar pelo planeta, que se expressa como um convite ao uso de veículos menos poluentes, sobretudo nos grandes centros urbanos. Assim, foi instituído o dia 22 de setembro como Dia Mundial sem Carro. Atualmente, milhões de pessoas pelo mundo afora celebram a data. O esforço de mobilização conduz, obrigatoriamente, a um exercício de reflexão sobre a dependência e o uso tantas vezes completamente irracional dos automóveis em nossa sociedade. Basta mencionar, aqui, as p

Dia mundial da paz

O dia 21 de setembro foi proclamado pela ONU como uma data de não-violência em todo o mundo. O objetivo não é apenas estimular as pessoas a pensar na paz, mas sim levá-las a fazer alguma coisa em favor de um mundo sem guerras e menos agressivo. Curiosamente, nesse mesmo dia, comemora-se no Brasil o Dia da Árvore. Nada mais adequado. Paz e árvore são conceitos que combinam perfeitamente entre si e nos estimulam a refletir sobre uma vida em harmonia com a natureza, em paz também com o meio ambiente. No Dia Mundial da Paz, os povos de todo o mundo são conclamados para refletir e principalmente agir, num planeta cada vez mais instável, marcado por terríveis injustiças sociais e no qual as guerras eclodem com espantosa facilidade. Nações, povos de diferentes origens e culturas, religiões e filosofias de vida diversas deveriam saber conviver melhor entre si e se irmanar na busca da paz – o que, infelizmente, está longe de ser uma realidade. Porém, em nosso cotidiano, nos momentos mais banais

Por um futuro com cidades sustentáveis

Algumas das maiores empresas do país se uniram a movimentos da sociedade civil para criar o que chamaram de Rede Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. A criação dessa Rede foi um dos anúncios mais estimulantes da Conferência Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, realizada recentemente em São Paulo (8 e 9 de agosto de 2011). A Rede tem por missão comprometer os cidadãos e seus futuros prefeitos com comportamentos éticos e também com o desenvolvimento justo e sustentável das suas cidades. O fundamento do processo será a democracia participativa. Ilusão? Mais uma utopia destinada ao fracasso em nosso país tropical socialmente injusto, descuidado com o meio ambiente e repleto de políticos corruptos? Pode ser que o pior aconteça, mas pode ser que a sociedade brasileira perceba que o sistema da democracia representativa já ficou um tanto obsoleto. E que não atende mais aos anseios da população. A conclusão lógica, inevitável, é que somente a democracia participativa pode abrir

Gravidez na adolescência: um problema crescente

Segundo o Ministério da Saúde, 444.056 meninas e adolescentes brasileiras, entre 10 e 19 anos, tiveram filhos em 2009. A maioria dessas mães adolescentes são filhas de outras mães adolescentes. É como um ciclo perverso, que se repete e aumenta de proporções com o simples passar do tempo. Os números assustam: a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem no Brasil são filhas de adolescentes. Esse índice representa três vezes mais garotas menores de 15 anos grávidas do que na década de 70. O índice de gravidez entre adolescentes cresceu 150% em relação às duas últimas décadas. No Brasil, uma entre cada cinco jovens entre 15 a 19 anos já tiveram filho, descontadas aquelas que praticaram aborto. Em 1999, do total de 2,6 milhões de partos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 31 mil foram feitos em meninas com idade entre 10 e 14 anos e 673 mil entre 15 e 19 anos – o que corresponde a 28% do total de partos realizados na rede pública. A Pesquisa Nacional em Demografia e Saúde, de

Padrões de produção e consumo: tempo de mudar

A população mundial já consome 50% a mais de recursos naturais que o Planeta Terra pode suportar e tem capacidade para se regenerar. Essa informação, que consta do relatório Planeta Vivo 2010, do WWF, foi lembrada em uma das plenárias da Conferência Ethos 2011, que ocorreu nos dias 8 e 9 de agosto, em São Paulo, e que teve como foco principal a questão da sustentabilidade. Quem trouxe esse dado novamente à tona foi Lisa Gunn, coordenadora executiva do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), em sua fala na mesa redonda sobre padrões de produção e consumo. Como ela mesma disse, “nós já estamos vivendo no cheque especial da Terra”. A discussão sobre novos padrões de produção e consumo é absolutamente necessária principalmente quando o discurso político atual é o Brasil precisa crescer economicamente para combater a pobreza e garantir maior acesso a bens e direitos da população pertencente às classes mais baixas do país. Não se trata de argumentar em favor de que as pessoas qu

Se Deus é matemático, o brasileiro é ateu?

O astrofísico Mario Livio indaga em seu livro Deus é matemático porque a Matemática não tem poder. Nas avaliações do ensino brasileiro (SAEB e ENEM) as notas em Matemática obtidas por nossos alunos são muito baixas. A média brasileira não passa de 27 pontos em 100! Se os professores do ensino fundamental e médio são ruins, também são ruins as escolas e os professores que os formaram. A Ead (Educação à Distância) pode melhorar essa situação. Um jovem matemático do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), Salman Khan, oferece mais de 2.000 aulas pela internet, apresentando e resolvendo de forma simples e acessível questões variadas de Matemática e de outras áreas afins. Todas as aulas estão disponíveis gratuitamente no site da Khan Academy (www.khanacademy.org). Vale a pena conferir.

Programa Esporte & Cidadania

A Petrobras vai investir R$ 30 milhões, no prazo de dois anos, no seu Programa Esporte & Cidadania. Para facilitar e qualificar a participação das ONGs nesse Programa, a empresa está realizando oficinas de capacitação em vários estados brasileiros. Confira o roteiro dessas oficinas e as informações detalhadas sobre o Programa no site da Petrobras.

Você já ouviu falar da FIB?

FIB é o conjunto de indicadores que mede a Felicidade Interna Bruta. A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, em agosto deste ano, com a adesão de 70 países (inclusive o Brasil) uma resolução que apoia iniciativas e políticas de promoção de indicadores que objetivem melhorar a felicidade e o bem-estar das pessoas. Quer saber como anda sua Felicidade Interna Bruta? Consulte os indicadores da FIB. Eles não são apenas econômicos.

Trabalho escravo em São Paulo

Fomos surpreendidos com a notícia: o Ministério do Trabalho e Emprego autuou a Loja Zara, do Grupo Espanhol Inditex, “por exploração de pessoas trabalhando em regime análogo à escravidão em sua cadeia produtiva”. O que cada um pode fazer contra isso? No mínimo, divulgar este fato e não comprar nenhum produto na Zara. Para saber mais, consulte o site do MTE (www.mte.org.br).
Vender carros estimulando atear fogo nos outros carros? Pois é. É assim que a Renault pensa em vender seu peixe. Fritando o peixe dos outros. Falta imaginação, mas sobra o desrespeito.

O Globo no iPAD

O Globo no iPAD está todo quebrado. O anúncio endurece o pescoço da Miriam Leitão, apresenta o Merval Pereira e o Ricardo Noblat com a cara quebrada e alguns outros de muleta. Segundo os publicitários da F/NAZCA S&S, o jornalismo de O Globo não para em pé... Um horror ! Ver anúncio

SAFRA DE TÁ-LENTOS

O envelope é preto de um lado, como as mensagens de luto de antigamente e do outro, a foto de uma garrafa e uma taça de vinho. Uma frase expressa o que encontraremos dentro do envelope. “– Selecionamos uma safra raríssima para sua apreciação”. Pensando nos vinhos caros, muito apreciados e pouco tomados, abrimos o envelope. Demoramos um pouco a entender. Embora a foto do folheto seja uma adega, o interior “oferece” profissionais engarrafados, como se fossem vinho..., sem rótulos. O melhor é guardarmos sem o folheto, para evitar contratar os que ali estão oferecidos. É a publicidade, mais uma vez, vendendo gato por lebre, ou melhor, gente por vinho. Muitas empresas (na lista oficial constam 2048, sendo 72 brasileiras), foram excluídas do UN Global Compact . Sambaram fora, junto com a Portela, a Bombril, a Claro e as Centrais Elétricas Santa Catarina. É preciso manter em dia o COP ( Communication on Progress ). Conheça o COP da Comunicarte

O acesso a métodos anticoncepcionais seguros é a principal forma de evitar o aborto

Segundo informações de Ministério da Saúde, foram distribuídas gratuitamente 50 milhões de cartelas de Pílulas Anticoncepcionais. Este número equivale a 3.846.154 casais-ano-proteção. Isto quer dizer que quase 4 milhões de casais evitaram uma gravidez não desejada, apenas com a ação do ministério da saúde. Como pelo menos 10% das gravidezes não-desejadas resultam em aborto, cerca de 400 mil abortos foram evitados. O acesso a métodos anticoncepcionais seguros é a principal forma de evitar o aborto e por isso deve ser ampliada a cobertura anticonceptiva.

O que fazer com os embriões não utilizados e vencidos?

O que fazer com os embriões não utilizados e vencidos? A resolução editada pelo Conselho Federal de Medicina fixa novas regras para a reprodução assistida. Nas novas regras é permitido o uso post-mortem de sêmen, óvulo ou embrião e estabelecer o número de embriões que podem ser implantados, em função da idade da mulher. E o que fazer com os não implantados: seria uma nova forma de aborto? Modifica o conceito de vida? Este é um bom tema para discussão.

A primeira página, inteira, está a venda.

Fomos surpreendidos com a re-edição na primeira página (Valor) no dia 12 de janeiro, do “Jornal do Comércio”, de 19 de Janeiro de 1861. Nele, em destaque a “Criação de uma Caixa Econômica”. Seria mais uma “grande jogada” publicitária, se não representasse também uma grande mancada jornalística. Pode ser entendido como uma sinalização para o mercado: a primeira página, inteira, está a venda. Cada vez mais o anúncio substitui o conteúdo...