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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Convenção do Clima: as dificuldades de consenso

A Convenção do Clima, realizada em Durban, na África do Sul, não conduziu a um grande acordo entre os países participantes para diminuir as emissões que provocam o efeito-estufa. Os EUA não ratificaram nem sequer o Tratado de Kyoto, anterior. China e Índia, em nome do desenvolvimento de suas economias, não querem ouvir falar em diminuição de emissões. O Canadá, por sua vez, anunciou sua deserção do grupo de países que tentam equacionar as mudanças climáticas. O Brasil até que fez bonito, revelando-se disposto à criação de metas de redução de gases obrigatórias para todas as nações do mundo, a partir de 2020. Uma das maiores dificuldades para levar o debate a resultados mais efetivos é a variedade de enfoques estatísticos da questão. Isso porque o problema do aquecimento global não se deve apenas à queima de combustíveis fósseis. Outros gases contribuem para o efeito estufa. Nessa perspectiva, o Brasil, por exemplo, quando se leva em conta as emissões de gases provenientes do desmata

Alô, cidades insustentáveis!

A preocupação com a sustentabilidade ultrapassa o universo das empresas e começa a entrar na agenda das prefeituras brasileiras. Um dos motivos é a criação do Programa Cidades Sustentáveis, que criou mais de 300 indicadores para auxiliar os prefeitos a avaliar a qualidade de vida nos municípios que administram, estimulando assim a criação de políticas públicas mais sérias nesse setor. O programa foi criado por uma parceria entre a Rede Nossa São Paulo, a Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis e o Instituto Ethos, com apoio da Fundação Avina e do Instituto Arapiaú. Muitas outras importantes instituições são parceiras do Programa, como o GIFE, o Instituto Akatu, o DIEESE, o Greenpeace e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A edição do Guia Exame 2011 de Sustentabilidade, que chegou às bancas de jornal em novembro passado, traz uma preocupante avaliação de quatro das maiores metrópoles do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife. E

Um pneu sem ar e totalmente reciclável

A empresa japonesa Bridgestone, que é a maior fabricante de pneus do mundo, acaba de lançar uma inovação ecologicamente bem-vinda: a tecnologia air free concept. Trata-se de um novo tipo de pneu, que substitui o enchimento de ar por uma estrutura de resina termoplástica reutilizável, material que, segundo a empresa, pode ser facilmente reciclado. O pneu de resina foi lançado durante a Tokyo Motor Show 2011. Na ocasião, Hiroshi Morinaga, gerente do Departamento de Desenvolvimento Tecnológico Avançado de Pneus da Bridgestone, afirmou: “Como não há ar nestas rodas, não há preocupação com furos. Como também não há necessidade de verificar a pressão, elas são de fácil manutenção”. A ideia da empresa é começar fabricando pneus para pequenos veículos, até que o público aprove o novo conceito, quando começará, então, a fabricação de pneus para carros comuns. A empresa não está explorando a dimensão propriamente ecológica do seu novo produto, mas o fato é que os pneus tradicionais de borra

Altos e baixos do Pacto Global

No mês de novembro passado, 228 empresas de diversos países aderiram ao Pacto Global. O Pacto é uma iniciativa desenvolvida pelo antigo secretário-geral da ONU, Kofi Anan, com o objetivo de estimular a comunidade empresarial, em todo o mundo, para a adoção de valores fundamentais em suas práticas de negócios, nas áreas dos direitos humanos, relações de trabalho, proteção do meio ambiente e combate à corrupção. Os valores são refletidos em dez princípios, que as empresas se comprometem a seguir. A iniciativa conta com a participação de agências da ONU, empresas, sindicatos, organizações não-governamentais e outros parceiros, todos trabalhando em sinergia para a construção de um mercado global mais inclusivo e igualitário. De acordo com a Rede Brasileira do Pacto Global, hoje já são mais de 5.200 organizações signatárias, articuladas por 150 redes ao redor do mundo. Outra notícia positiva: no mesmo mês de novembro, mais 53 organizações sem fins lucrativos aderiram ao Pacto. Mas também
Bota a mãe no meio Uma pesquisa do professor Marcelo Néri (do Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro), feita com 650 mil alunos da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, comprova que o nível educacional das mães é a principal variável no processo de aferição do desempenho escolar. Quanto maior o nível educacional das mães, melhor é o desempenho escolar dos filhos. Os filhos de mães com diploma de nível superior apresentam desempenho 123% maior que os demais. Um resultado semelhante foi constatado em pesquisas sobre fecundidade. Mães com mais educação têm menos filhos. E mães bem educadas concebem seus filhos intencionalmente, não por obra do acaso. Assim se constata, mais uma vez, que educar, principalmente as mulheres, é o principal fator impulsionador de mudanças sociais. Curiosidades na Sustentabilidade Acaba de ser publicado o Guia Exame de Sustentabilidade 2011. Das 21 empresas consideradas modelo

Carros mais populares não têm segurança

Em plena era do desenvolvimento sustentável, um setor importante da indústria ainda não coloca a vida humana em primeiro lugar, antes do objetivo de lucrar. A última rodada de testes em carros novos, feita pela Latin NCAP, revelou que os modelos de carros mais populares vendidos no Brasil não são seguros – e apresentam elevados riscos de lesões fatais para motoristas e seus acompanhantes no banco da frente, no caso de batidas de frente dos veículos. A Latin NCAP é uma iniciativa conjunta da Federação Internacional do Automóvel (FIA), a Fundação FIA, a Global New Car Assessment Programme (GNCAP), a Fundação Gonzalo Rodríguez, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a International Consumer Research & Testing (ICRT) e consiste em um programa de avaliação da segurança para carros recém-lançados no mercado. A sede da Latin NCAP fica em Montevidéu, no prédio da Fundação Gonzalo Rodriguez e a instituição tem os seguintes objetivos: - Oferecer aos consumidores da América Latina e