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Mostrando postagens de dezembro, 2010

CONSULTORIAS DESCOBREM O TERCEIRO SETOR

Especialistas em captação de recursos, marketing, gestão empresarial, auditoria e legislação investem no atendimento às ONGs, que movimentam R$ 11 bilhões ao ano Quando começou a prestar consultoria ao terceiro setor, em 1989, Luiz Alberto do Valle enfrentou resistência. Ao oferecer técnicas de captação de recursos, o chamado "fund raising", para que organizações sem fins lucrativos aprendessem a caminhar com as próprias pernas, ele e o sócio foram recebidos com desconfiança. "As entidades se concentravam na área fim e se esqueciam da área meio, que assegura a sua sobrevivência." Em dez anos, a mudança de atitude por parte das ONGs, cada vez mais adeptas da gestão profissional, gerou bons frutos à Neryvalle: a consultoria se tomou uma das maiores da América Latina, e deve captares este ano R$ 150 milhões, verba 131% maior que a de 1998. Com a retirada gradativa do governo da área social, o "fund raising" é hoje o serviço

COMPROMISSO SOCIAL EM HORÁRIO NOBRE

Marcio Ruiz Schiavo Começo citando Eugenio Bucci: “Além de não tocar nas causas que fabricam as multidões de desvalidos, as campanhas de filantropia se aproveitam da imagem dos miseráveis para comover sua clientela de novos caridosos, deslumbrados consigo mesmos. Transformam os necessitados na cenografia de um grande fetiche, que é o exato oposto da fraternidade, pois fraternidade é estar ao lado do outro como irmão, jamais como alguém superior que simplesmente entrega o que não lhe falta. Mas nisso também consiste o fetiche, em fazer parecer esmola o que deveria ser um direito”. Entender a área social como um setor da economia que demanda investimentos, tanto em recursos financeiros quanto humanos, e produz retorno econômico e social: este é o novo paradigma que se contrapõe à visão assistencialista até aqui predominante em quase todas as ações imp1ementadas neste campo. A imagem de que a miséria é decorrência natural de uma sociedad

AGREGANDO VALOR SOCIAL

Revista Marketing N. 327 | Abril de 2000  - Entrevista com Marcio Ruiz Schiavo por Paulo Macedo Não! Marketing social não é uma pós-graduação de alpinismo social para emergentes transitarem com maior desenvoltura nas festas da Barra da Tijuca. E uma nova atitude que está norteando o planelamento estratégico de muitas empresas, todas com um inédito e bem-vindo espírito altruísta: o de aludar o próximo.  Um dos pioneiros da atividade é o executivo Marcio Ruiz Schiavo, pRESIDENTES da Comunicarte, fundada no início da década de 90. Antes, durante 20 anos, atuou em organizações não-governamentais.  Transformação é a palavra-chave do marketing social. Para ajudar a alargar essa cultura, Schiavo criou no ano passado a revista Conjuntura Social, de circulação trimestral, onde as principais lideranças desse segmento propôem idéias e alternativas para melhorar a qualidade de vida no País. Além da sua empresa, Schiavo presta consultoria para o Institu

"CLICK" VIRA SOLUÇÃO PARA O TERCEIRO SETOR

Empresas & Carreiras |  Maio de 2000 Instituições sociais aderem à arrecadação de fundos via Internet: usuário decide onde doar, e as empresas privadas patrocinam Por Rachel Cardoso e Daniele Madureira de São Paulo Esqueça as tradicionais - e às vezes impertinentes - ligações de entidades assistenciais, pedindo a sua colaboração. Em um mundo globalizado, as instituições do Terceiro Setor descobriram uma maneira muito mais prática de captar recursos: basta convencer o internauta a navegar pelas páginas das organizações não-governamentais (ONGs) e dar um "click" no mouse, para que a doação seja realizada. Quem paga a conta são as empresas patrocinadoras dos sites, cada vez mais interessadas em melhorar sua imagem institucional. Um dos exemplos mais bem sucedidos é o Clickfome, que acaba de receber o Prêmio iBest na categoria Ações Sociais: o site está no ar desde novembro e já contabilizou quase 1 milhão de page views. Cada vez que o i

SEMINÁRIO ATRAI PROFISSIONAIS DE ENTIDADES

Jornal Folha do Sul | Junho de 2000 Responsabilidade Social Por Suzana Guimarães O I Seminário de Marketing Social, que aconteceu nesta segunda-feira na Federasul, em Porto Alegre, atraiu um público maior entre profissionais de organizações sem fins lucrativos. Marcio Schiavo, superintendente de comunicação do Instituto Ayrton Senna, explicou o conceito de marketing social e alertou para o que chama de "campanhismo" ou "calendário promocional da miséria," o hábito de fazer campanhas periódicas, que ele acredita serem repetidores do quadro de carência social. Ele esclareceu as diferenças entre mercado assistencial e mercado social, este último um real promotor de mudanças. Carlos Abbud, da McCann Erickson de Porto Alegre e Marcelo Romaniewicz, da Master de Curitiba, falaram sobre a comunicação feita para causas sociais e mostraram campanhas de sucesso. Leno Silva, do Instituto Ethos, de São Paulo, falou sobre responsabilidade

DESENVOLVIMENTO SOCIAL SUSTENTÁVEL

Fundação Banco do Brasil | Junho/Julho de 2000 Marcio Ruiz Schiavo* Desenvolvimento social é o processo no qual se promove o fator humano na sociedade. Inclui a promoção dos direitos humanos, a participação nas decisões políticas e ações voltadas ao processo global, visando justiça e bem-estar para todos. Inclui, pois, o conceito de eqüidade. Porém, sobretudo nos países em desenvolvimento, a equidade social é um sonho distante. Neles, a realidade é a dívida social: a diferença entre o que uma sociedade deve oferecer a seus membros e aquilo que ela oferece. Historicamente, busca-se minorar os efeitos dessa dívida por meio de ações filantrópicas. Todavia, ações meramente assistenciais são ineficazes. Sem o resgate, a promoção e a consolidação do capital social dos excluídos, não há desenvolvimento sustentável. Exemplo: vários projetos dirigidos a crianças e adolescentes em situação de rua enfatizam a provisão de abrigos, cuidados de saúde e alimentaç

FUNÇÃO SOCIAL

Revista Marketing N. 331 | Agosto de 2000 Empresas aprendem com cases de sucesso, como o Instituto Ayrton Senna, que nem só de intenções vive o terceiro setor. Seguindo a mesma linha dos comentários de Amalia em seu livro, Marcio Ruiz Schiavo, superintendente de comunicação do Instituto Ayrton Senna, garante que para ser eficiente o marketing social deve trabalhar por resultados e não por intenção. "É preciso adaptar as ferramentas do marketing comercial ao objetivo social a ser alcançado" aconselha ele, ressaltando que o grande problema são as empresas que fazem mídia com a miséria alheia. "A principal função do marketing social é transformar a exceção em regra, por isso trabalha com um conceito mais amplo do que apenas a realização de publicidade e promoção." Acrescentando que todo programa de marketing social deve ser tratado como um processo de gestão de mudanças no comportamento da sociedade, Schiavo explica que toda emp

MARKETING SOCIAL EM ALTA

Instituto Ethos | Agosto de 2000 Descrição: Marcio Schiavo tem 50 anos. Destes, 20 foram dedicados ao trabalho como consultor independente do terceiro setor e da área não-governamental. Mas ele achava que podia fazer mais. E fez. Em 1992, lançou a Comunicarte, primeira empresa brasileira direcionada para área social. “Nosso enfoque é o marketing social cultural. Nós gerimos as transformações sociais, ou seja, verificamos a relevância dos projetos sociais e as possibilidades de transformação. A possibilidade de transformar culturas”, explica. Em seu trabalho, Schiavo, que é pós-graduado em Comunicação para o Desenvolvimento, assessora organizações do terceiro setor. Entretanto, para que isso ocorra, as entidades, bem como seus projetos, devem atender a três itens: o mérito – que, segundo ele, é um componente comum aos projetos; a relevância – que traduz a intenção; e o resultado – isto é, a quantidade de impactos que uma ação pode gerar. “Não basta intenção.

MERCHANDISING SOCIAL EM MALHAÇÃO

Conjuntura Social #5 | Novembro de 2000 MERCHANDISING SOCIAL EM MALHAÇÃO. Marcio Ruiz Schiavo a Eliesio N. Moreira. Malhação, telenovela dirigida aos adolescentes, constitui um belo exemplo de uso educativo de programas televisivos.  De abril a junho. apresentou 137 ações de merchandising social. O grupo temático mais prevalente foi Outras Questões Sociais, com 36 ações sobre preconceitos racial e social, violência na escola, direitos das pessoas com necessidades especiais e convivência familiar. Sexualidade foi o segundo grupo mais prevalente, com 28 cenas. Neste caso, as questões abordadas relacionavam-se à virgindade feminina; ansiedade em relação à primeira relação sexual; uso do preservativo para prevenir as DST/AIDS e a gravidez não-desejada. No grupo Saúde Reprodutiva, destacaram-se as cenas relacionadas à gravidez de Marina e ao nascimento de Pedrinho, seu filho. Foram freqüentes as referências ao aleitamento materno, mostrado como a melh