Assim é, se lhe parece
“Na escala cósmica, apenas o fantástico tem possibilidade de ser verdadeiro.” Em um de seus muitos delírios, Salvador Dali, citando Teilhard de Chardin, antecipou, de algum modo, o que estava por vir: a era pós-humana. Pode uma máquina (ou um software) reunir mais conhecimentos do que um ser humano? Certamente sim. Basta perguntar ao Mr. Google. Mas é claro, alguém alimentou a máquina. Na realidade, muitos “alguéns”. E por isso, o computador é capaz de responder de imediato o que um conjunto de especialistas poderiam contestar com mais tempo e com muito mais esforço logístico. A inteligência humana, expandida e compartilhada, quando colocada na máquina, transforma-se em “inteligência artificial”. E não é de hoje. Marshall McLuhan já considerava que “os meios de comunicação são as extensões do homem” e o computador a "extensão do cérebro”. Para lembrar uma expressão da época, o cérebro eletrônico. Nesta nova configuração humana, onde sucedem-se mudanças todo