DA ECONOMIA CRIATIVA PARA A CRIATIVIDADE NA ECONOMIA
O Movimento Armorial foi lançado oficialmente no Recife, no dia 18 de outubro de 1870, sob a inspiração e direção de Ariano Suassuna, com a colaboração de um grupo de artistas e escritores e apoio do Departamento de Extensão Cultural da Pró-Reitoria para Assuntos Comunitários da Universidade Federal de Pernambuco.
Teve início no âmbito Universitário e artístico, mas ganhou apoio oficial da Prefeitura do Recife e da Secretaria de Educação do Estado.
O principal objetivo do Movimento era valorizar a cultura popular do Nordeste brasileiro, buscando a síntese entre o popular e o erudito, a partir das raízes da cultura popular, em todas as formas de expressão artística: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema e arquitetura.
Por sua vez, a proposta de se criar um Movimento Armorial dos negócios em Pernambuco, se baseia nos princípios lançados por Suassuna e pretende criar ações sinérgicas e complementares entre pequenas e médias empresas de Pernambuco e as grandes corporações que atuam no Estado. A proposta é procurar os espaços de confluência entre os pequenos e os grandes negócios, com base nas vocações econômicas do Nordeste, atuais e futuras. Atende também as demandas e condicionantes, preenchendo as lacunas entre a macro e a micro economia, com os chamados “conteúdos locais”.
Nos negócios o Movimento Econômico Armorial tem como base a Economia Popular Solidária de Pernambuco, que se caracteriza, por exemplo, pela importância econômica de Mestre Vitalino e pela ação de entidades como a UFPE (por meio do NESCO – Núcleo de Economia Solidária), a ASSIM (Associação dos Pequenos Produtores Rurais e Moradores das Comunidades do Imbé, marrecos e sítios vizinhos), o SERTA (Serviço de Tecnologia Alternativa (que opera na região de Glória do Goitá), o Centro de Desenvolvimento Agro ecológico Sabiá, a Eco Orgânica (Cooperativa de Produtores Familiares Orgânicos) a ARCUS (Ações em Rede Coordenadas no Universo Social), a Usina Catende – Harmonia, a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, a Artana & Cia, o C.E.S.A.R. e a Fábrica Moreno, entre tantas outras iniciativas. Através da Consolidação do Movimento Armorial dos Negócios de Pernambuco, ora proposto, a economia popular passará a atuar em sinergia com órgãos governamentais e grandes empresas radicadas no território pernambucano. Todos têm uma vocação natural para atuarem como provedores de CONTEÚDO LOCAL, exigência ética e financeira dos grandes empreendimentos.
A ideia é formar ao lado da cadeia produtiva de cada segmento empresarial, uma cadeia armonial de negócios que contribua para o desenvolvimento sustentável do Estado, fundamentado nos conceitos da bioeconomia e da economia solidária (que engloba a economia verde, a economia popular, o desenvolvimento de tecnologias sociais e a Felicidade Interna Bruta).
Será uma ponte de geração e distribuição de renda e de uma nova consciência social, econômica e ambiental, onde para que uns ganhem, não é necessário fazer ninguém perder. Um sonho, talvez. Mas não impossível para uma população que já assistiu a um boi voar.
MÁRCIO SCHIAVO – Diretor-Presidente da COMUNICARTE – Marketing Cultural e Social Ltda. e Vice-Presidente de Responsabilidade Social da ADVB-PE.
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