Eficiência, Eficácia e Efetividade
Por Marcio Schiavo
Definimos EFICIÊNCIA como fazer mais com menos. Mede-se a EFICÁCIA a partir das transformações ocorridas com aquilo que foi feito. E a EFETIVIDADE é a permanência das transformações ocorridas, cessadas as ações que as originaram.
Tomemos como exemplo dois projetos que tenham por objetivos diminuir a repetência e o abandono escolar no ensino médio em um universo de 1000 alunos.
O projeto A tem um custo total de R$ 100.000,00 e como meta, pretende diminuir a repetência em 20% e o abandono em 25% do número de alunos considerados.
O projeto B tem um custo total de R$ 80.000,00 e estabelece como metas, reduzir a repetência em 25% e o abandono em 30%, considerando o mesmo universo de alunos.
Está claro que o projeto B é mais eficiente que o projeto A. Promete melhores resultados com menor custo. Diminuiu a repetência em 25%e o abandono em 20% em relação ao projeto A. Também apresenta vantagens competitivas, já que o custo benefício do Projeto B (R$ 80,00 por aluno) é melhor que o custo benefício do Projeto A (R$ 100,00 por aluno).
Resumindo: o Projeto B tem menor custo total e por beneficiário (eficiência), provoca mais transformações (eficácia). Provavelmente se equivalem em efetividade, já que a série a mais conquistada pelos alunos é definitiva, ou seja, o aluno não voltará atrás.
Medindo-se o grau de eficiência, eficácia e efetividade de um projeto ou empreendimento, é possível também se definir cientificamente e de forma tangível, a taxa de retorno do projeto ou empreendimento em questão. Na prática, isso quer dizer os recursos financeiros destinados a diferentes projetos, darão à sociedade retornos igualmente diferenciados, possibilitando ao INVESTIDOR (social) eleger com mais segurança, onde aplicar seu dinheiro.
Este conjunto de indicadores (EFICIÊNCIA, EFICÁCIA e EFETIVIDADE) somado a TAXA DE RETORNO do investimento realizado, é o que o SISTEMA 3E, desenvolvido pela Comunicarte, propicia a seus usuários.
Aplicando o Teorema de Pareto (80-20), a Metodologia Kaizen (Melhoria Contínua) e a Escala de Likert (Mudança de conhecimentos, atitudes e práticas) combinados como indicador IMERIS, de mérito (intenção), relevância (estratégia) e impacto social (transformação), obtém-se uma equação que permite medir em tempo real, as principais variáveis e o desempenho de um projeto.
Da mesma maneira que uma empresa presta contas das suas atividades e resultados obtidos aos seus acionistas, donos ou controladores, também deve prestar contas de sua atuação na área social. Muitas empresas que se apresentam como eficientes e produtivas gerando resultados positivos para seus proprietários e acionistas, não resistem a uma análise séria de seus investimentos sociais. São pífios, mal orientados estrategicamente e amadoristicamente gerenciados. E às vezes, ainda deles se pretende obter retorno positivo na imagem e reputação da empresa perante a sociedade. Esquecem-se de que para ser uma empresa, necessariamente tem que ter uma RAZÃO SOCIAL, um CAPITAL SOCIAL e um CONTRATO SOCIAL. E se a empresa for muito grande, transforma-se em uma SOCIEDADE ANÔNIMA. Mesmo assim essas empresas seguem com dúvidas se tem ou não um papel social a cumprir.